segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

 Vamos falar hoje do Primeiro Reinado no Brasil.



Em 1808 a família real portuguesa foge de Portugal para o Brasil, escapando das garras de Napoleão Bonaparte.

Com o rei de Portugal, D. João VI, sua esposa Carlota Joaquina, seus filhos, vieram também muitos séquitos e nobres, com medo do destino que lhes seria reservado em caso de uma invasão francesa em Portugal.


D. João VI transformou o Brasil de uma simples colônia em um dos países do chamado Reino Unido de Portugal, Brasil  e Algarves.




A situação de Portugal naquele momento era muito ruim, pois o país enfrentava uma crise política e econômica em consequência da invasão francesa. Para agravar a situação dos portugueses, o rei d. João VI estava no Rio de Janeiro, distante demais dos problemas da metrópole.

Em agosto de 1810, o exército francês entraria em Portugal novamente. Os franceses apoderaram-se de Coimbra, mas foram obrigados a recuar. Travou-se então prolongada guerra de usura, recorrendo os dois lados à tática de terra arrasada, o que provocou fome e devastação entre os portugueses, mas que também desgastou as tropas napoleônicas. Nessa situação, as tropas francesas começaram sua retirada, em março de 1811, embora só em outubro tenham atravessado a fronteira espanhola.

A burguesia portuguesa, então,  organizou-se nas Cortes, instituição política que se baseou em princípios liberais. Daí nasceu a Revolução Liberal do Porto, que defendia a realização de reformas em Portugal. A grande exigência dos liberais portugueses era que Portugal, e não o Brasil, deveria ser a sede do reino português.

Dentro desse contexto, os liberais portugueses passaram a exigir o retorno do rei para Portugal, no entanto,  D. João VI não tinha nenhuma intenção de fazê-lo. Os portugueses também exigiram que o monopólio comercial fosse restabelecido no Brasil, e essas exigências demonstraram para a elite brasileira o desejo dos portugueses de restaurarem os laços coloniais com a colônia.

O rei português passou a ser ameaçado de ser destituído do trono se não retornasse, e, assim, acabou retornando para Portugal, em 26 de abril de 1821. Seu filho, Pedro de Alcântara, foi deixado no Rio de Janeiro como príncipe regente do Brasil. 





A independência do Brasil aconteceu na medida em que a elite brasileira percebeu que o desejo dos portugueses era restabelecer os laços coloniais. Quando a relação ficou insustentável, o separatismo surgiu como opção política, e o príncipe regente acabou sendo convencido a seguir esse caminho.

As Cortes de Portugal tomaram medidas que foram impopulares aqui no Brasil, tais como a exigência do retorno do príncipe regente e a instalação de mais tropas no Rio de Janeiro. Além disso, a relação azedava também porque os portugueses tratavam os representantes brasileiros que iam a Portugal para negociar com desdém.

Quando os portugueses exigiram o retorno do príncipe à Portugal, foi organizado um movimento de resistência contra a medida. Dessa forma, foi criado aqui no Brasil o Clube da Resistência, e o Senado brasileiro recebeu uma carta contendo milhares de assinaturas que defendiam que príncipe ficasse aqui. Dia do Fico 9 de janeiro de 1822.

Em 7 de setembro de 1822, às margens do Ipiranga, D.Pedro declarou a Independência do Brasil de Portugal, começando assim o Primeiro Reinado.





O Primeiro Reinado no Brasil foi o período em que Dom Pedro I foi Imperador, começando em 1822, logo após a Independência do país, e que durou até 7 de abril de 1831, quando Pedro abdicou de seu trono. A rua 7 de Abril em São Paulo tem esse nome por causa disso.

Os primeiros países a reconhecerem que o Brasil não era mais uma colônia portuguesa foram os Estados Unidos e a Inglaterra. Portugal mesmo só reconheceu em 1825, mediante uma indenização e a garantia de que o Brasil não liderasse ou incentivasse a independência das demais colônias portuguesas.

Mas por que o país virou uma monarquia e não uma república, como o restante das ex-colônias espanholas da América do Sul? Bom, os idealizadores da independência tinham medo de que as terras brasileiras se fragmentassem caso houvesse a instauração de uma república por aqui. Além disso, a elite brasileira era acostumada com as tradições monarquistas portuguesas.

Em 25 de março de 1824, D. Pedro I promulgou a Primeira Constituição Brasileira. A rua 25 de Março em São Paulo recebeu esse nome por causa desse fato.

O imperador, no entanto vinha recebendo muitas críticas da elite brasileira, e sua popularidade vinha diminuindo, culminando como o assassinato de Líbero Badaró, um jornalista que era desafeto de D. Pedro I, e cujo assassinato foi computado ao imperador.

Diversas revoltas se instauraram no Brasil no Primeiro reinado, como a Confederação do Equador e a Revolta Cisplatina, além da imposição de uma Constituição que continha o voto censitário, ou seja, somente aqueles com uma renda mínima anual acima de 100 mil réis e serem maiores de 25 anos. O voto censitário também foi adotado na Constituição americana e francesa.



Como vimos, o governo de Dom Pedro I foi cheio de revoltas e conflitos. Após o episódio de desordem pública nas ruas do Rio de Janeiro, por causa do assassinato do jornalista, a nobreza e o Exército retiraram o apoio ao governo, abandonando o Imperador. Isso fez com que a situação política ficasse insustentável, obrigando Dom Pedro a abdicar do trono.


D.Pedro II




Quem assumiu o cargo foi Dom Pedro II, seu filho. Entretanto, como o primogênito só tinha 5 anos na época, uma Regência governou o país até que ele completasse a maioridade. Esse momento foi chamado de Período Regencial, que durou até 1840, quando o novo Imperador pode tomar o governo, dando início ao Segundo Reinado.

D.Pedro II


Fontes:

stoodi.com.br
brasilescola.uol.com.br
mundoeducacao.uol.com.br
google.com
bndigital.bn.gov.br

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

 Banho







A humanidade melhora com o passar dos séculos, certo? Nem sempre. Prova disso é o que ocorreu com um de nossos hábitos mais comuns, o banho. Durante a Idade Média, os ocidentais abandonaram os sofisticados rituais de limpeza da Antiguidade e mergulharam numa profunda sujeira. Chegou-se a achar suficiente tomar um banho por ano. Foi preciso muito tempo – e alguns bons exemplos dos povos orientais e indígenas – para que voltássemos às nossas asseadas origens.

Acredita-se que todos os povos, desde tempos imemoriais, tenham praticado alguma forma de higiene pessoal. Os primeiros registros do ato de se banhar individualmente pertencem ao antigo Egito, por volta de 3000 a.C. Os egípcios realizavam rituais sagrados na água e tomavam ao menos três banhos por dia, dedicados a divindades como Thot, deus do conhecimento, e Bes, deus da fertilidade.





Na lendária civilização cretense, os banhos faziam parte dos intervalos que ordenavam a realização de banquetes. Sendo um dos povos que participaram da formação da civilização grega, os cretenses tiveram essa tradição mantida pelos povos que habitaram a Hélade. Para os gregos, o contato com a água integrava o processo de educação de seus jovens. De acordo com as várias representações da época, o indivíduo bem ensinado tanto dominava a leitura, assim como praticava a natação.

No decorrer da Antiguidade, os romanos, visivelmente influenciados pela cultura grega, ampliaram a recorrência do hábito realizando a construção das famosas termas. Uma terma consistia em um edifício repleto de vários salões que contavam com vestiários, saunas e diversas piscinas. Ligeiramente semelhantes aos resorts do mundo contemporâneo, algumas dessas construções romanas também contavam com bibliotecas, jardins e restaurantes.

Se no Império Romano as pessoas não tinham o menor pudor de se banharem nesses locais públicos, na Idade Média a coisa mudou bastante de figura.

A Igreja Católica teve uma grande interferência nessa transformação brusca de costumes, visto que o papa Gregório I, ao declarar que o contato com o corpo era uma prática pecaminosa, se tornara um dos mais influentes opositores ao banho.

O papa Gregório I foi um dos mais importantes precursores do repúdio ao banho ao dizer que o contato com o corpo era via mais próxima do pecado. Dessa forma, o tomar banho se transformou em uma atividade anual e acontecia em um simples barril de água. Fora disso, os asseios diários eram feitos pelo uso de panos úmidos.





A limpeza teve um brutal revés em 1348. Causada por pulgas, a peste bubônica matou até um em cada três europeus. Ao notar que muitos judeus não pegavam a doença, a Inquisição chegou a julgá-los e executá-los, acusados de bruxaria. Mas eles, na verdade, não agiam de má-fé – muito pelo contrário. O que fazia os judeus serem menos suscetíveis a doenças era uma recomendação religiosa que seguiam: lavar as mãos antes das refeições e tomar banho ao menos uma vez por semana.

A partir daí, os médicos passaram a afirmar que a água dilatava os poros da pele, por onde a saúde escaparia e o mal penetraria, em formas como a friagem e o miasma - o ar ruim que acreditavam ser a causa da peste. Todo mundo acreditou nisso e essa foi a senha para o retorno da porcalhice. E, enquanto nações como Portugal e Espanha descobriam, na América, populações que amavam tomar banho, os europeus voltavam para o mundo da sujeira.

No Brasil, muitos povos indígenas já tinham o hábito de tomar banho diariamente. Esse é um hábito presente até hoje no Brasil, e é considerado uma das heranças culturais dos povos indígenas.

A popularização do banho só aconteceu de fato no Ocidente a partir da década de 1930. Nessa época, a lavagem do corpo era realizada aos sábados, mesmo dia em que as peças íntimas das crianças eram trocadas. Após a Segunda Guerra Mundial, o processo de reconstrução de várias casas permitiu que os chuveiros fossem disseminados por toda a Europa. Atualmente, nosso banho deixou de ser um ato público, mas ainda é premissa fundamental para que os outros tenham uma boa impressão de nós.



Fontes:

aventurasnahistoria.com.br
historiadomundo.com.br
google.com
blog.brkambiental.com.br
wikipedia.org

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

 Morreu aos 80 anos o ator Ney Latorraca.






Ney Latorraca nasceu em Santos, no litoral sul de São Paulo, em 25 de julho de 1944. O ator estreou na Rede Globo, onde ficou conhecido por papéis em novelas e programas humorísticos, em 1975, na novela Escalada, transmitida ainda em preto e branco.

O vampiro Vlad, na novela “Vamp” (1991), e o personagem Barbosa, em “TV Pirata”, foram grandes destaques na carreira do artista.





De acordo com depoimento do ator ao programa Memória Globo, da TV Globo, Ney Latorraca é filho de artistas. Seu pai era cantor e crooner de boates, e sua mãe era corista.

“Aprendi desde pequeno que precisava representar para sobreviver, o que nunca me deixou um trauma, pelo contrário. Sempre fui uma criança diferente das outras, tive uma história instigante. Às vezes, eu tinha que dormir cedo porque não havia o que comer em casa. Então, até hoje, para mim, estou no lucro. Minha vida é sempre lucro”, afirmou na ocasião.


Fontes:

cnnbrasil.com.br
google.com
wikipedia.org

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Há 56 amos atrás, também uma sexta-feira 13, era  assinado o ato mais vil e sanguinário da ditadura militar, o AI-5.





Instituído em 13 de dezembro de 1968, no governo de Artur da Costa e Silva,  o AI-5 permitiu a cassação de políticos eleitos nas esferas federal, estadual e municipal, autorizou o presidente da República a intervir nos governos de estados e municípios e permitiu a suspensão de direitos e garantias constitucionais individuais como habeas corpus, entre outras medidas.

Representou o momento de maior endurecimento da repressão a opositores durante a ditadura militar, que abriu caminho para a institucionalização da tortura, do assassinato e dos  desaparecimentos como instrumentos de ação do Estado.

Não podemos  nunca esquecer essa mancha na história do Brasil; mesmo porque como vimos ela ainda permanece em algumas mentes pervertidas e insanas.



Fontes:

wikipedia.org
google.com

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

 Vamos voltar ao tema de análise morfológica e análise sintática.



morfologia é a parte da gramática que estuda as palavras de acordo com a classe gramatical à qual elas pertencem.

sintaxe é a parte que estuda a função que as palavras desempenham dentro da oração.


A manhã está ensolarada.

Análise morfológica:

A - artigo definido singular feminino
Manhã - substantivo, comum, singular, feminino
Está  - verbo ser, terceira pessoa singular do presente do indicativo
Ensolarada - adjetivo, feminino, singular

Análise sintática

A manhã - sujeito simples
Está ensolarada - predicado nominal, pois o verbo estar é um verbo de ligação.( porque significa o estado da manhã).
Ensolarada - predicativo do sujeito, porque revela uma característica da manhã que está ensolarada.

Marcos e Paulo gostam de estudar todos os dias.

Análise morfológica

Marcos - substantivo próprio, singular, masculino.
Paulo - substantivo próprio, singular, masculino
e - conjunção
gostam - verbo gostar terceira pessoa plural, indicativo presente.
de - preposição
estudar - verbo estudar no infinitivo (forma original)
todos - pronome indefinido
os - artigo definido, masculino , plural.
dias -  substantivo, comum, plural, masculino.

Análise sintática

Marcos e Paulo - sujeito composto
gostam de estudar todos os dias - predicado verbal.
de estudar - objeto direto, complemento do verbo gostar que é transitivo direto.
todos os dias - adjunto adverbial de tempo.

Como vimos, a análise morfológica analisa palavra por palavra, e análise sintática analisa os termos da oração de acordo com a sua função.

Maria comprou um carro.

Morfológica

Maria -substantivo feminino, singular, comum
comprou - verbo comprar terceira pessoa singular do pretérito perfeito.
um - artigo indefinido
carro - substantivo simples, masculino, comum

Análise sintática

Maria - sujeito ( quem faz a ação)
comprou um - predicado verbal
carro - objeto direto (verbo comprar é um verbo transitivo direto).

Espero que tenham achado útil.

Fontes:
infoescola.com/portugues/analise
brasilescola.uol.com.br/portugues/analise

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Estou republicando hoje, uma postagem sobre a filósofa, judia- alemã Hanna Arendt. Nesses tempos em que a democracia é tratada de forma tão vil e banal em tantas partes do mundo, devemos nos insurgir e parodiar De Gaulle "A democracia é o pior de todos os regimes, excetuando todos os outros...."


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Nascida Johanna Arendt no dia 14 de outubro de 1906 na Alemanha, Hannah Arendt se tornou uma das teóricas políticas mais influentes do século 20. Fugiu do nazismo em 1933 e, quatro anos depois, perdeu a nacionalidade alemã e virou apátrida até se tornar cidadã americana em 1951. Morreu em Nova York, no dia 4 de dezembro de 1975, aos 69 anos.

Hannah Arendt foi uma filósofa e teórica política contemporânea. Judia nascida na Alemanha, Arendt vivenciou os horrores da perseguição nazista, o que motivou a sua pesquisa sobre o fenômeno do totalitarismo. Suas principais obras são “As Origens do Totalitarismo”, “Eichmann em Jerusalém”, “Entre o Passado e o futuro” e “A Condição Humana”.


Professor Pedro Duarte - Canal Curta







Em 1933 (ano da tomada do poder de Hitler) Arendt, por ser judia, foi proibida de defender uma segunda tese (sobre Rahel Varnahagen), que lhe daria o acesso à docência nas universidades alemãs. O seu crescente envolvimento com o sionismo levá-la-ia a colidir com o antissemitismo do Terceiro Reich - o que a conduziria, seguramente, à prisão. Deixou a Alemanha, passando por Praga e Genebra antes de chegar a Paris, onde trabalhou nos seis anos seguintes com crianças judias expatriadas e tornou-se amiga do crítico literário e filósofo marxista Walter Benjamin. Quando a França foi ocupada pelos alemães, Arendt foi presa juntamente com seu segundo marido, o filósofo "marxista crítico" Heinrich Blücher, e ficou internada no campo de concetração de Gurs. Em 1941 conseguiu escapar e fugir para os Estados Unidos, através de Espanha e Portugal, com a ajuda do jornalista americano Varian Fry.




Seu principal conceito, o de pluralismo político, defende a importância de existir igualdade política e liberdade, com tolerância e respeito às diferenças, visando à inclusão. É um dos princípios básicos das democracias modernas, pois é entendido como a ausência de uma visão da sociedade definida por um só grupo ou por uma só pessoa (totalitarismo, na visão de Arendt). Graças a esses pensamentos e sua reivindicação da discussão política livre, Arendt tem um papel relevante nos debates sobre o assunto até hoje. Veja três frases para entender melhor as ideias dela:

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“O revolucionário mais radical se torna um conservador no dia seguinte à revolução”
Para Arendt, liberdade política é sinônimo de ação. A humanidade só se torna livre, de fato, ao agir e decidir, em conjunto, seu futuro comum.




“A essência dos Direitos Humanos é o direito a ter direitos”
A preservação do espaço público é tema constante e de grande relevância no pensamento de Arendt: essa seria a única forma de assegurar as condições da prática da liberdade e da manutenção da cidadania. Seu livro mais famoso, A Condição Humana, busca, entre outros questionamentos importantes, compreender como e por que regimes totalitários se fortalecem.




“Poder e violência são opostos; onde um domina absolutamente, o outro está ausente”
O último livro publicado por Arendt, em 1963, traduzido no Brasil sob o título Sobre a Violência, é inteiramente dedicado a compreender por que o mundo vivia (e ainda vive) uma escalada de destruição e guerras. Ela mostra que a glorificação da violência não se restringe à minoria de militantes e extremistas. E que a base do poder é, na realidade, convivência e cooperação. Segundo Arendt, a violência destrói o poder, pois se baseia na exclusão da interação e da cooperação entre as pessoas.



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Hannah Arendt - filme 2013



Em 2013 foi lançado um filme sobre ela,  dirigido por Margarethe von Trotta com :  Barbara Sukowa, Axel Milberg, Janet McTeer, Julia Jentsch, Ulrich Noethen, Michael Degen.





Fontes:
wikipedia.org
revistagalileu.globo.com
mundoeducacao.bol.uol.com.br
google.com
youtube.com

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

 Absinto ou Fada Verde







Chamada a bebida dos artistas e intelectuais, principalmente na Europa na década de 20.

Artistas como : Édouard Manet, Guy de Maupassant, Edgar Degas, Amedeo Modigliani.Oscar Wilde, Ernest Hemingway, Pablo Picasso, foram grandes apreciadores da bebida.


O absinto é uma bebida destilada à base de anis e outras ervas, como funcho e Artemisia absinthium. Foi criado e utilizado primeiramente como remédio por Pierre Ordinaire, um médico francês que morava em Couvet, na Suiça, por volta de 1792.


Preparado com as folhas de uma pequena erva aromática européia, de nome absinto, a bebida foi proibida devido ao seu alto teor alcoólico, o que lhe rendeu a fama de alucinógeno. A erva também é conhecida como losna. A erva foi usada pelos antepassados europeus como chá, usado como remédio na perda de apetite, na digestão e outros.

Com a formulação de misturas da erva do absinto com outras ervas desenvolveu-se a bebida absinto, que surgiu oficialmente na Suíça em 1792.

A bebida, na época, era formulada com altas quantidades de seu princípio ativo, a tuiona.

A substância, segundo estudos científicos, bloqueia um receptor que, em condições normais, inibe a excitação das células do cérebro, regulando o fluxo de íons (átomos com carga elétrica) de cloro. Isso faz o efeito alucinógeno.
Na época em que a bebida era consumida por poetas e artistas plásticos, a concentração de tuiona era de até 200 ppm (partes por milhão). Hoje o limite é de apenas 10 ppm.

N0 Brasil a bebida foi proibida até o ano 2000, e liberada com teor alcóolico máximo de 53,5%. Na beb ida original o teor alcoólico era de 88 %

O absinto foi proibida na maioria dos países do mundo. 

Em 1906, Bélgica e Brasil baniram a venda e a distribuição de absinto, embora estes não tenham sido os primeiros países a fazerem o mesmo. A bebida já havia sido banida em 1898 na colônia do Estado Livre do Congo.

Outros países seguiram a Suíça (os Países Baixos em 1909, os Estados Unidos em 1912, a França em 1914) e, em 1913, os Estados Unidos e quase toda Europa haviam adotado a proibição. Apenas na Espanha, Dinamarca, Inglaterra e em Portugal, ainda era permitido o consumo, mas só se a bebida fosse produzida com quantidade limitada de tujona.

Seus efeitos deletérios, como alucinações, epilepsia, tuberculose,  no entanto foram reconsiderados atualmente e somente o teor alcóolico da bebida é controlado.


Fontes:

wikipedia.org
google.com
www.diffordsguide.com/pt
folha.uol.com.br



terça-feira, 3 de dezembro de 2024

 

O episódio chamado de a revolta da chibata, foi um motim, realizado por marinheiros brasileiro, a bordo do encouraçado Minas Gerais.

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Antecedentes: Os castigos físicos eram muito comuns na Marinha do Brasil no período da monarquia. Seu uso foi abolido no dia seguinte à proclamação da República em 15 de novembro de 1889, mas foi restabelecido em 1890, por um decreto nunca publicado no Diário Oficial.



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O estopim da revolta se deu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues, acusado de levar bebida para o navio e ter agredido um outro marinheiro, foi condenado a 250 chibatadas, o normal eram 25 chibatadas, na presença de toda a tripulação.

A maioria dos marinheiros brasileiros eram negros, comandados por um oficial branco, e esse tipo de castigo físico tinha sido comum na Marinha Inglesa, e na Marinha Russa, mas terminaram quando os marinheiros dessas armadas se rebelaram dando motivação para que o mesmo acontecesse na Marinha do Brasil.

A rebelião aconteceu entre os dias 22 e 27 de novembro de 1910, mas vinha sendo planejada há pelo menos dois anos.
Dentre as reivindicações estavam também melhorias na alimentação, alojamento e aumento dos soldos.
O líder da rebelião foi o marinheiro João Cândido Felisberto, conhecido como "Almirante Negro".



João Cândido Felisberto, o almirante negro



Na noite de 22 de novembro eles iniciaram a rebelião, depois de atacar o oficial de plantão, Álvaro Alberto.
O capitão, Batista das Neves, veio em seu auxílio e foi cercado pelos amotinados, que mandaram ele sair do navio.
Com a recusa do cumprimento da ordem pelo comandante e o ferimento de um dos revoltosos, o capitão foi atingido na cabeça por um tiro e morreu, outros dois oficiais também foram assassinados.
Ao sinal do encouraçado Minas Gerais de ter controlado o navio outros 6 navios da Marinha brasileira aderiram ao motim, dentre eles, o maior navio da frota, o encouraçado São Paulo.
João Cândido redigiu uma carta endereçada ao alto almirantado exigindo reformas, e ameaçando bombardear a cidade do Rio de Janeiro, na época, capital do Brasil, caso as exigências não fossem cumpridas.


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Em princípio o governo de Hermes da Fonseca se negou a negociar com motinados, mas depois de disparos de canhão sore o Palácio do Catete, sede do governo federal, e da Câmara dos deputados, o governo finalmente cedeu aos revoltosos.

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Hermes da Fonseca



A segunda Revolução da Chibata; No dia 27 de novembro, o Ministro da Marinha, Joaquim Marques Batista de Leão, exigiu que os amotinados desarmassem os navios.
Dias depois alguns dos revoltosos foram expulsos, e outros quatro foram presos.
Em 09 de dezembro de 1910, o navio cruzador Rio Grande do Sul, que não aderiu o protesto, puniu um marinheiro o amarrando no convés.


A revolta recomeçou, desta vez na ilha das Cobras. Desmobilizados os navios amotinados foram bombardeados.
O governo determinou o "estado de sítio".
Vários marinheiros foram mortos e o restante presos em condições degradantes nos porões da Fortaleza de São José , na ilha das Cobras.
O líder da revolta , João Cândido, foi expulso do exército e internado num manicômio.
Dois anos mais tarde em 1912, ele e outros marinheiros que participaram da revolta foram absolvidos.





A revolta foi contra as condições degradantes a que eram submetidos os marinheiros no início do século XX, e mostrou a total insensibilidade do governo republicano em resolver através do diálogo, as justas reivindicações dos revoltosos.

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Aldir Blanc e João Bosco compuseram a linda canção'' Mestre Sala dos Mares" em homenagem a João Cândido, que até hoje é ignorado pela Marinha do Brasil, como verdadeiro herói nacional. Essa mesma Marinha que fez esse vídeo preconceituoso e vil contra a reforma de seus privilégios;  e que foi a única das Armas da República a aderir ao golpe que estava sendo urdindo no governo de 2019 a 2022.



Mestre sala dos mares - João Bosco




Fontes:
wikipedia.org
suapesquisa.com
google.com.br
youtube.com



Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...