sexta-feira, 17 de maio de 2024

 Hoje vamos falar do romance de Machado de Assis, "a mão e a luva".


Esse é o segundo romance do escritor, publicado pela primeira  vez em forma de folhetim.

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Obra do escritor Machado de Assis, o romance "A Mão e a Luva",  foi publicado no ano de 1874.


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Narra a história de Guiomar, moça altiva e segura de si, que procura, com frieza e calculismo, realizar o ambicioso plano de ascender socialmente, compensando a sua modesta origem. Três homens pretendem a mão de Guiomar: Estevão Jorge e Luis Alves.


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O primeiro sincero, porém simplório; o segundo indolente e superficial. Luis Alves, ambicioso e sagaz, acaba sendo o eleito, pois personificava as qualidades que se sintonizavam com o espírito de Guiomar, que, ao escolhê-lo, faz, segundo suas próprias palavras, " a fria eleição do espírito ".


Na história de A Mão e a Luva, os dois amigos Luis Alves e Estevão cursam faculdade. Estevão era apaixonado por Guiomar, que não lhe correspondia. Irritado e sem motivação, ele quase abandona o curso mas volta após Luis Alves lhe ajudar com uma conversa.

Após se formarem, os dois voltam a se encontrar, mas estão em situações opostas. Estevão ainda era um iniciante na profissão enquanto Luis Alves já era um ambicioso advogado que começava a atuar na carreira política. Estevão passa uns dias na casa do amigo e, em certa manhã, vê uma mulher sair da casa ao lado. Apaixona-se automaticamente pela moça, mas depois vem a saber que se tratava de Guiomar.

Luis percebe a conversa que Estevão tem com Guiomar enquanto a moça passeava com a madrinha de manhã. Estevão não comenta sobre o encontro e Luis passa negócios da família da baronesa, madrinha de Guiomar, para sua responsabilidade.

Após perder a mãe, Guiomar, que estava quase se tornando professora, acaba perdendo a ambição. Sua madrinha, a baronesa, acaba se tornando uma segunda mãe. Acontece uma espécie de troca, pois sua madrinha também havia perdido a filha.

Estevão acaba se declarando para Guiomar, mas desiste, pois a madrinha queria que a moça casasse com Jorge, seu sobrinho. Naquele momento, Luis também se interessara pela moça. Guiomar não demonstra sentimentos por Jorge e tenta escapar dele. A madrinha acaba pressionando a mulher para que se casasse com Jorge. Desesperada, Guiomar manda um bilhete a Luis solicitando que a peça em casamento. Estevão fica sabendo e vai embora.

Guiomar explica sua preferência por Luis, dizendo que seria "a fria eleição do espírito", já que vê em Luis a ambição suficiente para que se mantenham na alta sociedade. Negando o amor de Estevão e a Jorge, fica com Luis por achá-lo inescrupuloso, atrevido e com capacidade de passar por cima dos obstáculos para mantê-los em posição privilegiada.

O título do romance, A Mãe e a Luva, foi escolhido de forma rigorosa por Machado de Assis e sintetiza o intuito da obra. Simboliza a perfeita união entre uma luva criada na medida de uma mão. Seria o casamento entre Luis e Guiomar.

Livro A Mão e a Luva


O fim do livro justifica o título da obra. Veja:

— Mas que me dá você em paga? um lugar na câmara? uma pasta de ministro?

— O lustre do meu nome, respondeu ele.

Guiomar, que estava de pé defronte dele, com as mãos presas nas suas, deixou-se cair lentamente sobre os joelhos do marido, e as duas ambições trocaram o ósculo fraternal. Ajustavam-se ambas, como se aquela luva tivesse sido feita para aquela mão.




Fontes:
mundovestibular.com.br
infoescola.com
google.com.br

terça-feira, 14 de maio de 2024

 Livro os Carbonários de Alfredo Sirkis.







Considerada a melhor história dos anos de chumbo, vencedora do Prêmio Jabuti, a narrativa de Sirkis se refere a um período de 43 meses, entre outubro de 1967 e maio de 1971. Um relato sobre o movimento estudantil de 1968 e seu esmagamento pelo regime militar; como um jovem secundarista se torna um guerrilheiro urbano; o sequestro dos embaixadores da Alemanha e da Suíça e a libertação de 110 presos políticos; as façanhas e os dilemas de Carlos Lamarca; a crise e a destruição da guerrilha.

Na obra, Sirkis detalha como passou de um estudante liberal, influenciado pelo pensamento anticomunista de seu pai, à líder estudantil de esquerda. Com o golpe em 1964, Sirkis passa a engajar-se com a luta do movimento estudantil, e já em 1968, com o estabelecimento do Ato Institucional 5 (AI5), torna-se um dos principais líderes desse movimento. Em Os Carbonários, ele relata em detalhes sua trajetória de luta contra o regime, em um período que compreende 43 meses, de outubro de 1967 a maio de 1971.



Na obra “Os Carbonários”, Alfredo Sirkis cria um detalhado relato de testemunho dessa época conturbada da história brasileira, em que este se vê em meio a luta contra a ditadura civil-militar, e de participante, se tornasse um dos principais líderes do movimento estudantil, em que tem que lidar com os desafios do movimento e o constante perigo de ser preso ou morto pelo regime. Segundo o autor, os carbonários foram grupos que apareceram no início do século XIX em reinos da futura Itália. Seus grupos foram constituídos por jovens aprendizes, oficiais e suboficiais dos exércitos italianos, profissionais liberais, artesões e padres do campo. Participaram de revoltas em 1820, 1821, e 1831. Na época, lutavam contra um pacote de medidas impostas pelo governo Leão XII, em que reprimiu o estado laico, fechou escolas, proibiu a vacina da varíola e decretou um “pacote” de medidas de exceção, como o estado de sítio, o toque de recolher e o fechamento de tabernas.




 Segundo ele, apesar de derrotados, esses guerrilheiros evocaram ao autor diversas analogias com contextos distantes e posteriores, promovendo, desse modo, a escolha do nome para seu livro, referindo-se aos carbonários do século XIX e os guerrilheiros do período ditatorial, em que este fez parte. Percebe-se, na leitura do livro, que o autor considera o movimento estudantil e o movimento guerrilheiro como grandes feitos que se aproximam dos feitos dos carbonários. Sua luta no movimento estudantil ganha impulso quando do fechamento do Grêmio Estudantil do colégio em que frequentava, o CAP, o Colégio de Aplicação da Faculdade Nacional de Filosofia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da Universidade do Brasil. O grêmio fora fechado acusado de subversão. Sirkis afirma que em 1968, o ano letivo começou em clima de excitação, e que passaram a reivindicar a volta do grêmio estudantil, e das aulas de sociologia e história, que haviam sido reprimidas.











Alfredo Hélio Syrkis (Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1950 - Nova Iguaçu, 10 de julho de 2020) foi jornalista, escritor e roteirista de TV e cinema, gestor ambiental e urbanístico e político brasileiro, filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Era o Diretor Executivo do think tank Centro Brasil no Clima (CBC). 

Entre outubro de 2016 e maio de 2019 foi o Coordenador Executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC), tendo organizado a campanha Ratifica Já! que propiciou a ratificação, pelo Brasil, em tempo recorde, do Acordo de Paris; do processo para a elaboração da Proposta Inicial para Implementação da NDC brasileira e da avaliação Brasil Carbono Neutro 2060. Quando deputado federal (2011-2015) presidiu a Comissão Mista de Mudança do Clima do Congresso Nacional (CMMC) e foi um dos vice-presidentes da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. Decidiu não se candidatar à reeleição, em 2014.

Foi vereador em quatro mandatos, secretário municipal de urbanismo e presidente do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), entre 2001 e 2006 e secretário municipal de meio ambiente, entre 1993 e 1996, na cidade do Rio de Janeiro. 

Membro da delegação brasileira às conferências do Clima de Montreal, Bali, Copenhagen, Durban, Varsóvia, Lima, Paris, Marrakech e Bonn. Integrou as comissões executivas do ICLEI (International Council for Local Environmental Initiatives) e do Metrópolis. 

Foi um dos fundadores do Partido Verde e um dos expoentes da ideologia verde no Brasil.

Sirkis identificou a história de João Alfredo, interpretado por, Cássio Gabus Mendes, na minissérie "Anos Rebeldes" de 1986, como a sua própria história de militância política.

O livro conta a história de jovens idealistas brasileiros que lutaram contra a ditadura e o chamado "Anos de chumbo".
Fala dos sequestros dos embaixadores da Alemanha e da Suíça.



Fontes:

wikipedia.org
google.com
repositorio.ufu.br
estantevirtual.com.br
j.cardozo/pdf

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Hoje faz 136 anos da Lei Áurea








O Ministro da Fazenda da época, Ruy Barbosa mandou queimar todos os registros da escravidão, conforme noticia do jornal O Estado de São Paulo de 19/12/1890.


Os grande barões do café não se conformavam com a abolição e a consequente perda de patrimônio que os escravos representavam. Ao queimar os documentos da escravidão, o governo brasileiro impediu quaisquer pedidos de reparação por parte dos estancieiros.





Um grupo de intelectuais e liberais brasileiros já vinham há algum tempo clamando pela abolição. Lei do ventre livre e do sexagenário, já tinham sido proclamadas anteriormente.

Após a abolição, os escravos simplesmente foram colocados na rua, sem abrigo, sem trabalho, e sem perspectivas e sem nenhuma indenização por todos os anos trabalhados.




Até hoje existem pessoas que sentem falta da escravidão, e vez por outra denúncias de trabalho escravo são publicadas na imprensa.


A princesa Isabel era a herdeira legítima de seu pai D.Pedro II, já que seus dois irmãos morreram. Ela assumiu a regência por três vezes durante as viagens de seu pai ao exterior. Numa delas assinou a Lei Aurea, acabando com a crueldade e injustiça da escravidão.



Fontes:
wikipedia.org
google.com

Em 1917, no dia 13 de maio, Nossa Senhora apareceu para três pastorinhos em Fátima, Portugal. Foram três encontros e, em cada um, a santa revelou um segredo às crianças. O conteúdo é motivo de fé e descrença até os dias de hoje, proporcionando as mais diversas teorias.



A história de Nossa Senhora de Fátima não começa apenas com a primeira aparição em 13 de maio de 1917. Ela tem suas raízes antes desse evento, envolvendo três jovens pastores: Lúcia dos Santos, Francisco e Jacinta Marto, que eram irmãos e tinham, respectivamente, 10, 9 e 7 anos na época.


Em 1916, esse trio, posteriormente conhecido como os "Pastorinhos de Fátima", teria presenciado três encontros com um anjo, que se apresentou como o "Anjo da Paz", anunciando que Nossa Senhora de Fátima apareceria para eles. A primeira aparição da Virgem Maria ocorreu em 13 de maio de 1917, e continuou mensalmente até outubro, com exceção de agosto, quando as crianças foram detidas pelas autoridades locais.



Durante esses encontros, a figura que se manifestou para o trio se identificou como a "Senhora do Rosário" e foi descrita como uma presença luminosa e radiante. Além disso, foram feitos pedidos às crianças, incluindo uma ênfase na oração e na importância da educação.


A santa teria ainda performado um milagre, testemunhado por vários moradores da região. Em 13 de outubro de 1917, Nossa Senhora teria feito o chamado Milagre do Sol. "Ela teria pedido às crianças que chamassem todas as pessoas para mostrar um sinal. Então, teria aparecido no céu, em pleno inverno português, um sol de uma forma que não era habitual", conta Eulálio Figueira, professor da PUC-SP do departamento de ciências sociais e doutor em ciência da religião.


Lúcia revelou os segredos de forma aprofundada apenas em 1941. Nesse ano, ela escreveu um livro de memórias, no qual ela diz que o segredo tem três partes, sendo as duas primeiras reveladas nesse livro. A terceira, porém, só foi escrita em 3 de janeiro de 1944.



O primeiro segredo é tido por fieis como uma visão do inferno:


"Nossa Senhora mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados neste fogo os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras ou bronzeadas com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que delas mesmas saíam, juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das fagulhas em os grandes incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Os demónios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um momento, e graças à nossa boa Mãe do Céu, que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o Céu (na primeira aparição)! Se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor."


O segundo foi a devoção ao chamado Imaculado Coração de Maria e a conversão da Rússia. O país havia acabado de passar por um processo sangrento de derrubada da monarquia e caminhava rumo ao comunismo.




"Em seguida, levantamos os olhos para Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza: Vistes o Inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu disser salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinalque Deus vos dá de que vai punir o mundo pelos seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a Comunhão Reparadora nos Primeiros Sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz, se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas, por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz."


Terceiro segredo foi guardado pelo Vaticano

A terceira parte do segredo foi escrita por Lúcia em 1944. Anos antes, aos 14 anos, ela foi enviada para a escola das Irmãs de Santa Doroteia em Vilar, perto do Porto. Em 1928, a pastorinha se tornou postulante no convento Doroteano em Tui, próximo à fronteira com a Espanha.




Em 1943, Lúcia adoeceu gravemente com gripe e pleurisia. Em uma visita, o bispo de Leiria sugeriu que ela escrevesse o terceiro segredo para garantir que seria registrado em caso de sua morte. Porém, Lúcia hesitou porque, ao receber o segredo, ouviu Maria dizer para não revelá-lo. Como a obediência carmelita exige que as ordens dos superiores sejam consideradas como vindas diretamente de Deus, ela ficou num dilema quanto a quais ordens teriam precedência.

Posteriormente, o bispo enviou uma carta a Lúcia contendo uma ordem direta para registar o segredo. Lúcia continuou hesitante mesmo depois da ordem. Segundo a pastorinha, ela superou o impasse depois que a Virgem Maria fez uma aparição e disse para escrever "o que te mandam, mas não o que te é dado para compreender o seu significado".


A terceira parte do segredo foi escrita "por ordem de Sua Excelência o Bispo de Leiria e da Santíssima Madre" em 1944. Em junho daquele ano, o envelope lacrado contendo o terceiro segredo foi entregue ao bispo de Leiria, com quem permaneceu até 1957, quando foi finalmente entregue a Roma.



O terceiro segredo ficou guardado no Vaticano por 43 anos.  A revelação ocorreu apenas em 2000, no mesmo dia em que o papa realizou uma missa em Fátima para celebrar a beatificação de dois dos três pastorinhos. Lúcia, então com 93 anos, esteve presente na cerimônia. Antes da revelação pública, três papas tiveram acesso ao texto: João 23, Paulo 6º e João Paulo 2º.


O que diz o terceiro segredo?

Acredita-se que o terceiro segredo teria revelado o atentado contra o papa João Paulo 2º. No dia 13 de maio de 1981, o pontífice foi baleado e gravemente ferido por Mehmet Ali Agca, um terrorista turco, na Praça de São Pedro, no Vaticano. João Paulo 2º foi atingido duas vezes e teve grande perda de sangue.


O terceiro segredo fala sobre Com isso, símbolos do antigo regime, como a Igreja Católica, sofreram perseguição dos republicanos.


A implantação da república em Portugal foi muito violenta com a igreja. As ordens religiosas foram expulsas, os bens foram confiscados e a igreja teve o bispo de Évora preso. Qualquer manifestação pública religiosa era proibida, cita Figueira… - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/noticias/2024/05/13/segredos-de-fatima.htm?cmpid=copiaecolaum homem "vestido de branco" que "vai ao chão e parece que está morto":


Escrevo, em ato de obediência a Vós meu Deus, que me mandais por meio de Sua Excelência Reverendíssima o Sr. Bispo de Leiria, e da Vossa e minha Santíssima Mãe. Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora, um pouco mais alto, um anjo com uma espada de fogo na mão esquerda. Ao cintilar despedia chamas que pareciam incendiar o mundo. Mas, apagavam-se com o contato do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro. O anjo, apontando com a mão direita para a terra, com voz forte dizia: - Penitência, penitência, penitência.

E vimos numa luz imensa, que é Deus, algo semelhante a como se vêem as pessoas no espelho, quando lhe diante passa um bispo vestido de branco. Tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre. Vimos vários outros bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande cruz, de tronco tosco, como se fora de sobreiro como a casca. O Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade, meio em ruínas e meio trémulo, com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena. Ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho.


Chegando ao cimo do monte, prostrado, de joelhos, aos pés da cruz, foi morto por um grupo de soldados que lhe disparavam vários tiros e setas e assim mesmo foram morrendo uns após os outros, os bispos, os sacerdotes, religiosos, religiosas e várias pessoas seculares. Cavalheiros e senhoras de várias classes e posições. Sob os dois braços da cruz, estavam dois anjos. Cada um com um regador de cristal nas mãos recolhendo neles o sangue dos mártires e com eles irrigando as almas que se aproximavam de Deus.


De acordo com Dayvid da Silva, professor do curso de Teologia da PUC-SP., o significado, contudo, pode ser interpretado de outra maneira —algo como "a jgreja dos mártires deste século, que está para findar, representada por meio de uma cena descrita numa linguagem simbólica".


O contexto de Nossa Senhora de Fátima

Se uma das partes do Segredo de Fátima envolveu a conversão da Rússia, tida como inimiga do mundo ocidental, Portugal, por si só já convivia com muitos problemas. Em 1917, o país era uma república muito recente. A monarquia, cujo último governante foi o rei Manuel 2º, havia sido deposta apenas sete anos antes, em 1910.

Com isso, símbolos do antigo regime, como a Igreja Católica, sofreram perseguição dos republicanos.


A implantação da república em Portugal foi muito violenta com a igreja. As ordens religiosas foram expulsas, os bens foram confiscados e a igreja teve o bispo de Évora preso. Qualquer manifestação pública religiosa era proibida, cita Figueira.

Essa historia foi usada por muitos anis pela igreja para renovar a fé dos cristãos, sem no entanto, nada ter sido provado. Muitos disseram que a aparição da santa foi na verdade uma aparição extraterrestre; outros referem-se à  alucinação dos pastores, outros ainda que era um aforismo para combater a então revolução russa e a implantação do comunismo, que era totalmente contrário à Igreja e seus dogmas.


Fontes:


wikipedia.org
google.com
super.abril.com.br
educacao.uol.com.br

sexta-feira, 10 de maio de 2024

 Casimiro de Abreu





Casimiro José Marques de Abreu, nasceu na Barra de São João, no Estado do Rio de Janeiro, no dia 4 de janeiro de 1839. Com apenas 13 anos, enviado pelo pai, vai para a cidade do Rio de Janeiro, trabalhar no comércio.

Em novembro de 1853 viaja para Portugal, com o intuito de completar a prática comercial e nesse período inicia sua carreira literária. No dia 18 de janeiro de 1856, sua peça Camões e o Jaú é encenada em Lisboa.

Casimiro de Abreu volta ao Brasil em julho de 1857 e continua trabalhando no comércio. Conhece vários intelectuais e faz amizade com Machado de Assis, ambos com 18 anos. Em 1859 publica seu único livro de poemas “As Primaveras”.

No início de 1860, Casimiro de Abreu fica noivo de Joaquina Alvarenga Silva Peixoto. Com vida boêmia, contrai tuberculose.

Vai para Nova Friburgo tentar a cura da doença, mas no dia 18 de outubro de 1860, não resiste e morre, aos 21 anos.




Meus Oito Anos

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonho, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;

O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!

Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,

Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus —
Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras

Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!


Casa de Casimiro de Abreu


A Casa do poeta Casimiro de Abreu, na pequena cidade batizada com seu nome, hoje é um museu dedicado à sua memória. O acervo conta com peças de mobília originais e edições raras do livro As Primaveras, considerado um patrimônio para o município e para a história da literatura do país. O imóvel, localizado no distrito de Barra de São João e tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, pertence à Secretaria de Cultura local e passará agora por uma reforma.




Casimiro de Abreu é um município no Estado do Rio de Janeiro, que fica à beira da Br 101, fica no limite dos municípios de Silva Jardim e Rio das Ostras.




Fontes:

wikipedia.org
todamateria.com.br
google.com
extra.globo.com

Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...