sexta-feira, 25 de março de 2022

 


“O rio Tamaduateí corria ao lado da via, abaixo do Mosteiro de São Bento, e tinha em seu percurso sete voltas. No final da sétima volta ficava o Porto Geral, onde eram desembarcados os produtos importados que vinham do porto de Santos. O nome do Porto foi dado à conhecida Ladeira Porto Geral, uma das travessas da 25 de Março. Em janeiro de 1850, os moradores do local enfrentaram uma enchente histórica, que destruiu dezenas de casas. No final do século XIX, o rio Tamanduateí foi drenado, e a região passou a se chamar rua de baixo, conhecida atualmente como o baixo de São Bento. Somente em novembro de 1865 o nome da rua foi alterado para 25 de Março.” ( Livro - Mascates e sacoleiros - Lineu Francisco de Oliveira)


Considerado o maior centro comercial da América Latina, a data de hoje marca o aniversário da conhecida Rua 25 de Março, no Centro de São Paulo. Recentemente, o livro Mascates e Sacoleiros (Scortecci Editora, 158 páginas), de Lineu Francisco de Oliveira, publicado em 2010, afirma que o primeiro ofício de registro do local é de 1865, em substituição à Rua de Baixo. O novo nome foi escolhido em uma homenagem da Câmara Municipal e do Poder Executivo ao dia em que foi redigida a primeira Constituição brasileira de 25 de março de 1824, outorgada pelo imperador D. Pedro I.




A história da rua também é marcada pela forte presença de imigrantes, especialmente sírios, libaneses e chineses.

Atualmente, a região, que passou por uma modernização, recebe um misto de consumidores, deste a sacoleira até a madame. Ali, encontram todo o tipo de produto: caro, barato, sofisticado, simples, nacional e importado, no varejo e atacado. Às vésperas de feriados importantes, o comércio da 25 de Março chega a receber 1 milhão de pessoas.






Enquanto muitos consumidores e comerciantes celebram as boas compras e vendas, por outro lado a 25 de Março sofre com alguns problemas desde seus primórdios. Um deles são as enchentes, um obstáculo registrado pela primeira vez em 1850 e que assola a região até os dias atuais. Também, desde os tempos mais antigos, a segurança do local não é das melhores e quem passa por ali sabe que tem que ficar de olhos bem atentos aos seus pertences. 



Rua XXV de Março - 1973.




Nos dias atuais, o comércio local é conhecido pelo alto volume de barracas de camelôs que disputam espaço com as lojas comerciais, shoppings e galerias. Esses estabelecimentos ofertam os mais diversos produtos tanto nacionais quanto importados. Embora a região seja de extrema importância econômica, social e cultural para a sociedade, casos de irregularidades com mercadoria, baixa segurança pública e outros crimes também fazem parte da história da rua 25 de Março.



Fontes:
history.uol.com.br
google.com
diariodotransporte.com.br
wikipedia.org


domingo, 20 de março de 2022

Hoje vamos falar dos verbos transitivos e intransitivos, objeto direto e objeto indireto.






No exemplos acima, vemos que no primeiro, o verbo receber é transitivo direto, porque precisa de um complemento. Quem recebe, recebe  alguma coisa. 

O complemento do verbo receber, na oração, é "um sim".
Poderia ser "flores", "um aumento", "elogios"
Note que todos os complementos são ligados diretamente ao verbo, sem auxílio de preposições, logo são chamado de objeto direto.

No segundo exemplo o verbo "confiar" é transitivo indireto, porque também precisam de complemento, mas acompanhado de preposição.

Quem confia, confia em alguma coisa ou em alguém.
No exemplo acima "Ela confia na amiga"
Poderia ser : ela confia em Deus.
O complemento desses verbos são chamados de objetos indireto, porque não se ligam ao verbo diretamente, mas através de uma preposição.

Mas o que são verbos transitivos ?

Os verbos transitivos, como o próprio nome diz, são verbos que transitam de uma pessoa para uma coisa, de uma pessoa para outra pessoa, de uma pessoa para um animal.

A palavra transitivo vem do latim transitivus, transitare, que significa passar, decorrer.
Portanto o verbo transitivo é aquele que transita, ou passa de uma pessoa para outra pessoa, coisa ou animal, ou melhor que precisa de um complemento para ter um significado.

Se eu disser : "eu comprei" você me dirá: "comprou o quê ?"
o verbo comprar precisa de um complemento, então ele é um verbo transitivo.



Quem confia, confia em alguém ou em alguma coisa, portanto o verbo confiar é transitivo.

Os verbos intransitivos, ao contrário, não requerem complemento. Ele não transita, tem sentido definido.

Ex: a criança dormiu. O verbo dormiu não requer complemento.
João caiu!  O verbo cair também não precisa complemento. Você pode até perguntar: Caiu onde ? ou caiu como ?. Mas o simples fato de falar que alguém caiu, o interlocutor já vai entender a ação.



Fontes:

www.flip.pt/FLiP-On-line/Gramatica/Morfologia
www.coladaweb.com/portugues/verbos-transitivos
www.recantodasletras.com.br/gramatica
brasilescola.uol.com.br/gramatica/objeto-direto-objeto-indireto

quinta-feira, 17 de março de 2022

Esse ano de 2022 o Brasil completará 200 anos de sua Independência. Em comemoração à data estamos escrevendo sobre diversas revoltas e revoluções efetuadas no século XIX para emancipar o Brasil.

Hoje falaremos da  Cabanagem.







A Cabanagem foi uma rebelião ocorrida no Brasil de 1835 a 1840, na província do Grão-Pará, que incluía os atuais estados do Pará e do Amazonas. Não deve ser confundida com a Cabanada, um movimento de outro tipo que ocorreu em Pernambuco de 1832 a 1835.





Com o início do Período Regencial, o Brasil encontrava-se em uma situação econômica muito fragilizada e politicamente conturbada. Desde a Revolução Industrial, no século XVIII, os países da Europa passavam por uma série de transformações de ordem política e econômica, e o Brasil, ainda no século XIX, mantinha-se como uma economia extrativista, apesar dos esforços em modernizar o país durante o Império.

O Brasil não conseguia manter uma balança econômica favorável, na medida em que importava mais produtos manufaturados do que exportava, aumentando o déficit comercial em suas contas públicas. Elites econômicas locais disputavam entre si um projeto de nação, bem como noções próprias de patriotismo, fazendo com que o grau de descontentamento com o governo central aumentasse cada vez mais.

Junto a isso, setores populares (escravos alforriados, indígenas, quilombolas e pobres livres) começam a surgir de forma mais decisiva no cenário político, em reação à situação de miséria em que viviam. A Cabanagem faz parte de uma série de outras revoltas regenciais que, cada qual a seu modo, correspondem a esse turbulento contexto histórico em que o Brasil encontrava-se.


Curiosamente, o nome deste movimento é um termo pejorativo e se refere às habitações típicas da província, construídas como "cabanas" ou "palafitas".





Desde a independência do Brasil, em 1822, as elites do Grão-Pará se ressentiam com a presença dos comerciantes portugueses na província.

No governo de D. Pedro I, os proprietários e comerciantes estavam insatisfeito com o tratamento recebido por parte do governo central.

Além disso, sofriam com a repressão do Governador Bernardo Lobo de Sousa desde 1833, que ordenou deportações e prisões arbitrárias para quem se opusesse a ele.

Assim, em agosto de 1835, os cabanos se amotinam, sob a liderança dos fazendeiros Félix Clemente Malcher e Francisco Vinagre, culminando na execução do Governador Bernardo Lobo de Sousa.

Antonio Vinagre



Em seguida, indicam Malcher para presidente da província. Na ocasião, os revoltosos se apoderaram dos armamentos legalistas e se fortaleceram ainda mais.

Contudo, Clemente Malcher se revela um farsante e tenta reprimir os revoltosos, mandando prender Eduardo Angelim, um dos líderes do movimento. Após um sangrento conflito, Malcher é morto pelos “cabanos” e substituído por Francisco Pedro Vinagre.

Em julho 1835, o então presidente da província recém-conquistada, aceita sua rendição mediante a anistia geral dos revolucionários e por melhores condições de vida para a população carente. Contudo, é traído e preso.


Cabano paraense



Embora a perseguição tenha sido violenta, alguns revolucionários conseguiram escapar e fugiram para a floresta, o que permitiu a sobrevivência dos ideais da cabanagem mesmo após sua derrota.

A Cabanagem deixou uma carnificina de mais de trinta mil mortos quase 30 a 40% de uma população da província. Dizimou populações ribeirinhas, quilombolas, indígenas, bem como membros da elite local.

Também desorganizou o tráfico de escravos e os quilombos se multiplicaram na região.


Como forma de tentar amenizar as revoltas regenciais, o governo central procurou reformar a Constituição de 1824, de caráter autoritário e centralizado, por meio do Ato Adicional de 1834, prevendo, inclusive, mais autonomia para as províncias. Contudo, durante o período regencial, os conservadores impuseram sua hegemonia, e eram eles que indicavam os presidentes de cada província. Sendo assim, o Ato Adicional não teve forças suficientes para, ao menos, amenizar as sublevações políticas que estavam ocorrendo.

A Cabanagem é, muitas vezes, referida também como a primeira sublevação popular que conseguiu de fato tomar o poder na História do Brasil.



Fontes:

escola.brittanica.com.br
mundoeducacao.uol.com.br
todamateria,com.br
google.com
historia.uff.br

sábado, 12 de março de 2022

 O que seria da Humanidade hoje sem o GPS e sem o WI-FI ?

Por mais extraordinário que possa parecer, as ideias dessas tecnologias foram idealizadas por uma atriz americana, Hedy Lamarr.


Hey Lamarr com Clark Gable


Nascida Hedwig Eva Maria Kiesler, em Viena, Austria, em 9 de novembro de 1914, começou a sua carreira de atriz com vários filmes alemães, austríacos e tchecos. Casada com o fabricante de armas, o austríaco Friedrich Mandl, ela fugiu do marido em 1937,  depois desse se aliar aos nazistas, vendendo armas para eles . Foi para Paris e depois Londres, onde conheceu Louis B.Mayer, diretor do estúdio de cinema Metro-Goldwyn Mayer (MGM). Ele lhe ofereceu um contrato em Hollywood, onde ela ganhou fama e foi eleita a mulher mais linda do mundo.




Seu grande sucesso foi interpretando Dalila no filme "Sansão e Dalila de 1949.

Sansão e Dalila - Hedy Lamarr e Victor Mature


Durante a Segunda Guerra, Hedy Lamarr criou junto com o compositor e também inventor George Antheil um sofisticado aparelho de interferência em rádio para despistar radares nazistas, cuja patente foi feita em 1940 usando seu nome de registro (Hedwig Eva Maria Kiesler). A ideia surgiu quando a dupla estava fazendo um dueto ao piano e começaram a “conversar” entre si alterando os controles do instrumento. Ou seja, Lamarr descobriu que, se o emissor e o receptor mudassem constantemente de frequência, somente os dois poderiam se comunicar sem medo de serem interceptados pelo inimigo.



George Antheil





Antheil havia ganhado notoriedade ao experimentar o controle autômato de instrumentos musicais, possuindo conhecimentos gerais tão vastos que chegou até mesmo a escrever um livro sobre endocrinologia. O músico conheceu a atriz em 1940, quando se tornaram vizinhos em Hollywood, e então Lamarr o procurou em busca de conselhos sobre como aumentar seus seios. 

Com a invenção de ambos eles confundiram o sistema de radar utilizado pelos alemães, que usavam as ondas de rádio para desviar torpedos. A invenção mudou a frequência de rádio, alternando-as seguidamente, de modo que os radares da época não podiam identificar os torpedos.




Os dois chegaram a ir pessoalmente a Washington tentar convencer os oficiais, em vão — o preconceito contra uma invenção de uma mulher, ainda por cima famosa, falou mais alto.


Acho que a história dela parece quase um conto de advertência sobre os perigos de se subestimar mulheres. Quer dizer, e se a Marinha da época ou os militares tivessem levado seu esforço um pouco mais a sério, talvez o ataque japonês à Pearl Harbor poderia produzir menos estragos com a detecção dos torpedos.


A Marinha só passou a utilizar o sistema em 1962, na Crise dos Mísseis. Eventualmente, perdeu a exclusividade militar e se tornou a base de várias tecnologias atuais, como o GPS e o WI-FI.

Lamarr só  foi reconhecida pelo invento em 1997 quando recebeu uma medalha pela empresa Electronic Frontier Foundation e depois pelo governo norte-americano.



Fontes:
wikipedia.org
canaltech.com.br
bbc.com/portuguese
memoriascinematograficas.com.br
oliveiradimas.blogspot.com
ime.unicamp.br
google.com

sexta-feira, 11 de março de 2022

 Hoje vamos falar de Adjuntos.





Os adjuntos são termos acessórios da oração, não sendo portanto indispensáveis para sua compreensão, mas tornam o sentido e o significado da oração mas específico.

Os adjuntos se classificam em adjuntos adnominal e adverbial.

Nominal: Adjunto Adnominal é o termo que tem valor de adjetivo, servindo para especificar ou delimitar o significado de um substantivo em qualquer que seja a função sintática exercida por este.

Adjuntos adnominal assumem uma função adjetiva, podendo ser formados por adjetivos e numeraispronomes e locuções adjetivas. Esse termo da oração pode ser facilmente confundido com outros dois: o predicativo e o complemento nominal. Apesar da semelhança, eles têm funções diferentes e podem ser identificados na própria oração.

Adjetivos:

O dia ensolarado está contagiante. 
Seu sorriso maroto é lindo.

Nas orações acima os adjuntos adnominais funcionam como adjetivo:

O dia está contagiante (ensolarado dá uma qualidade ao dia, ou seja é um adjetivo) Notem que sem o adjunto a frase já tinha sentido.

Seu sorriso é lindo, o adjunto maroto realça a frase.

Locuções Adjetivas:
O passeio de campo nos deixou exaustas.
A água da chuva regou todas as plantas.

Nas orações acima, as locuções adjetivas, poderiam ser substituídas por adjetivos. (de campo - campestre; da chuva pluvial).

Pronome adjetivo:
Minha culpa é meu segredo
Este teu olhar felino incendeia (Clarice Lispector)

Artigos:
Um novo sonho ressurgiu.
Os alunos surpreenderam os professores.

Nas frases acima os artigos um e os, são artigos que funcionam nessas frases como adjunto adnominal.

Numerais:
primeiro candidato já se apresentou.
 A décima colocada no concurso é muito esforçada.

Orações adjetivas
Não quero saber do lirismo que não é libertação.
Admiro as pessoas que persistem.

Adjuntos adverbiais

A função do adjunto adverbial é simples: modificar o verbo da oração, seja indicando alguma circunstância em que o processo verbal é desenvolvido ou intensificando o verbo, um adjetivo ou um advérbio. O adjunto adverbial é uma função sintática realizada pelos advérbios e locuções adverbiais, e sua classificação é feita de acordo com a circunstância expressa.

Exemplos:
  • Talvez eu viaje amanhã. – Adjunto adverbial de dúvida.
  • Eu não quero sair de casa. – Adjunto adverbial de negação.
  • Treinei muito para este dia. – Adjunto adverbial de intensidade.
Nas locuções adverbiais, é preciso ter muita atenção com à preposição utilizada. A mudança da preposição pode mudar toda a circunstância expressa pela locução.
Exemplo: “Vim do trabalho” e “Vim para o trabalho”. Ambos expressam uma circunstância de lugar, mas o primeiro indica origem (“do”) e o segundo indica destino (“para o”).




Fontes:
gramatica.net.br/adjunto
brasilescola.uol.com.br/gramatica

terça-feira, 8 de março de 2022

 Hoje 8 de Março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher.


Mulher (sexo frágil) Erasmo Carlos

Não que precisamos de um único dia para enaltecera  mulher. 

O Dia Internacional da Mulher é uma data comemorativa que foi oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970. Essa data simboliza a luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens. Diferentemente de outras datas comemorativas, o Dia Internacional da Mulher não foi criado pelo comércio.





Origem da comemoração - A ideia de uma celebração internacional dedicada às mulheres surgiu em 1910, como uma proposta da dirigente socialista alemã Clara Zetkin. A data, entretanto, só foi escolhida depois de 8 março de 1917, quando um grupo de mulheres realizou uma manifestação em Petrogrado (atual São Petersburgo), na Rússia. Elas pediam melhores condições de vida e a retirada do país da Primeira Guerra Mundial.

Popular entre os países comunistas, o Dia Internacional da Mulher só se popularizou no Ocidente a partir de 1975, ano em que a Organização das Nações Unidas reconheceu formalmente a data.




Cor de rosa choque - Rita Lee

Minha homenagem a todos as mulheres do mundo, principalmente àquelas que ainda sofrem com abusos e discriminações.

Principalmente as duas mulheres com as quais convivo diariamente,  minha mulher e minha filha; e sem esquecer o outro ser não humano, do  sexo feminino,  que habita conosco e que amamos muito.



Fontes:
istoe.com.br
educadores.diaadia.pr.gov.br
youtube.com
google.com


domingo, 6 de março de 2022

 Pronomes demonstrativos:




Os pronomes demonstrativos indicam o posicionamento de seres ou coisas em relação às pessoas do discurso. São palavras variáveis em gênero e em número.
O que são pronomes demonstrativos?

Os pronomes demonstrativos são usados para apontar a relação de distância (de lugar ou de tempo) entre o nome ao qual se referem e as pessoas do discurso. Assim, são pronomes usados para indicar a posição daquilo a que se referem.
Quais são os pronomes demonstrativos?

Os pronomes demonstrativos relacionam-se com as pessoas do discurso, sendo estas:


a 1ª pessoa (quem fala)


a 2ª pessoa (a quem se fala)


a 3ª pessoa (outra pessoa que não seja quem fala nem a quem se fala)

Veja o quadro contendo os pronomes demonstrativos e suas relações com as pessoas do discurso.



Pronomes demonstrativos


                Singular                                                Plural                             Invariável                                                                                                                                                                   

                                        masculino                feminino       masculino   feminino


1ª pessoa                este                    esta                estes        estas            isto


2ª pessoa               esse                    essa                esses        essas           isso


3ª pessoa                aquele                aquela            aqueles    aquelas        aquilo




Uso dos pronomes demonstrativos


Os pronomes demonstrativos variam em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plural), a depender do nome ao qual se referem. Além disso, seu uso leva em conta uma das pessoas do discurso como referência, conforme vimos no quadro anterior.

→ “Este” e suas variáveis

Segundo a gramática tradicional, o pronome “este” e suas variáveis são usados:

- para referir-se a seres ou coisas que estejam próximos da 1ª pessoa do discurso (aquela que fala);

- para referir-se a períodos que estejam próximos do momento em que se fala (tempo presente);

- para substituir o termo mais próximo no enunciado (isto é, o último mencionado), evitando repetição.

Veja nos exemplos:


Estas obras que tenho em mãos são minhas preferidas.


É uma honra receber este prêmio. Este é um momento muito especial para mim.


Isto aqui está uma bagunça!


Gosto mais de cães do que de gatos, mas acho que estes [os gatos] dão menos trabalho.

Observação: é válido ressaltar que, no Brasil, o pronome “este” e suas variáveis têm caído em desuso na linguagem coloquial e informal. No entanto, seu uso permanece vigente de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, então, lembre-se dele em provas e em comunicações formais.


→ “Esse” e suas variáveis

Segundo a gramática tradicional, o pronome “esse” e suas variáveis são usados:

- para referir-se a seres ou coisas mais próximos da 2ª pessoa do discurso (aquela a quem se fala) ou, pelo menos, um pouco distantes da 1ª pessoa;

- parar referir-se a períodos um pouco distantes do momento em que se fala (passado ou futuro próximos).

Veja os exemplos:


Você me empresta esse livro?


Essa sua história está mal contada...


Isso não é nada perto do que eu vi.


Esses últimos meses foram difíceis.
→ “Aquele” e suas variáveis

Por fim, “aquele” e suas variáveis são usados:

- para indicar seres ou coisas muito distantes da 1ª pessoa;

- para referir-se a períodos (passado ou futuro) muito distantes do tempo em que se enuncia (tempo presente);

- caso haja 3ª pessoa no discurso, é possível usar esse pronome para coisas próximas da 3ª pessoa;

- além disso, assim como ocorre com o pronome “este”, o pronome “aquele” pode ser usado para substituir um termo no enunciado, evitando repetição. No entanto, é usado para substituir o termo mais distante (isto é, o primeiro a ser mencionado).

Vejamos mais alguns exemplos:


Aquelas árvores mais distantes estão muito mal cuidadas...


Veja aquele vestido que ela está usando! É lindo!


Que saudades de minha infância... Aquele tempo era tão bom!


O que é aquilo?


Gosto mais de cães do que de gatos, mas acho que estes [os gatos] dão menos trabalho do que aqueles [os cães].





Os pronomes demonstrativos relacionam-se.
Exercícios resolvidos

Questão 1 – (Unirio) Assinale o item que completa convenientemente as lacunas do trecho:

“A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; ………., porém, estavam mais gastos que ………. .”

A) esses, aquela

B) estes, aquela

C) estes, esses

D) aqueles, esta

E) estes, esses

Resolução

Alternativa B. Observando a concordância em gênero e em número e tendo em mente a regra de que o pronome “estes” refere-se ao termo mais próximo, e “aqueles”, ao termo mais distante, temos que “estes” é usado para referir-se aos “dentes”, enquanto “aquela” é usado para referir-se à “maxila”.

Questão 2 – (MACK)

“Este inferno de amar — como eu amo! — / Quem mo pôs aqui n’alma … quem foi? / Esta chama que alenta e consome, / Que é a vida — e que a vida destrói — / Como é que se veio a atear, / Quando — ai quando se há de apagar?” (Almeida Garret)

No texto, os pronomes eu – quem – este são, respectivamente:

A) indefinido – pessoal – indefinido

B) pessoal – interrogativo – demonstrativo

C) pessoal – indefinido – demonstrativo

D) interrogativo – pessoal – indefinido

E) indefinido – pessoal – interrogativo

Resolução

Alternativa B. O pronome “eu” é pessoal do caso reto; “quem”, no contexto do enunciado, é um pronome interrogativo; e “este” é um pronome demonstrativo.




Fontes:
wikipedia.org
google.com
portugues.com.br
concursos.com.br

sábado, 5 de março de 2022

 O Império Russo





A proclamação oficial do império foi em 1721, quando o Senado conferiu o título de imperador, ou czar, ao então rei Pedro I. Muito antes disso, porém, a Rússia já tinha o formato de um grande império, com campanhas militares e conquistas por território. No século 15, por exemplo, Ivã III encerrou o domínio do Canato da Horda de Ouro (resultado da fragmentação do Império Mongol, dominava regiões que hoje correspondem à Rússia, Ucrânia e Cazaquistão), triplicando o território do país. Em 1553, Ivan IV (apelidado de "O Terrível) acelerou as conquistas do império e fez da Rússia uma das potências europeias.


Ivan, o terrível




O novo título de Pedro I veio após a vitória contra o Império Sueco, na chamada Grande Guerra do Norte, em que a Rússia ganhou controle do Báltico. A política do Império Russo era a de uma monarquia absolutista, um sistema autocrático que não limitava os poderes da realeza e era mantida por altos impostos pagos pelos camponeses e pelas regiões colonizadas. No início do século 19, Napoleão Bonaparte sofreu uma de suas maiores derrotas ao tentar conquistar o Império Russo.


Pedro I


Entre as regiões dominadas pelos russos estavam a Finlândia, o Alasca, a Mongólia, o Cazaquistão e algumas áreas da Ásia Central. A base da economia era a agricultura, em um sistema bastante parecido com o feudalismo, que existiu até 1861 — por esse motivo, a Rússia do século19 era considerada uma das economias mais atrasadas pelos europeus.


Família Romanov




Principais características do Império Russo:



- Governo centralizado nas mãos do imperador. A nobreza era a classe mais privilegiada em direitos.

- A nobreza e o governo eram mantidos por elevada carga de impostos pagos pelos russos mais pobres (trabalhadores rurais, pequenos proprietários, artesãos, etc.) e por taxas cobradas das regiões sob influência russa.


- A moeda utilizada na Rússia Imperial era o rublo (mesma moeda atual).


- O grande poderio militar russo foi usado para dominar e manter as regiões conquistadas pelo governo imperial russo.



- Tinha como base econômica a agricultura. O feudalismo existiu até 1861, ano em que foi abolido e os servos libertados de suas obrigações servis.



- A religião oficial era o cristianismo sendo a Igreja Ortodoxa Russa a de maior poder e com maior número de seguidores.



- O primeiro imperador foi Pedro I (Pedro, o grande), que governou como czar de 1721 a 1725. É considerado um dos fundadores do Império Russo. Ele foi integrante de uma das principais dinastias russas, a Romanov.



- O último imperador foi Nicolau II, que governou de 1894 a 1917. Foi executado pelos bolcheviques em 1918.



- A capital do Império Russo foi São Petersburgo.



Os principais imperadores (czares) e imperatrizes (czarinas) do Império Russo foram:



- Pedro I, (Pedro, o grande) - imperador de 1721 a 1725.



- Catarina I – czarina entre 1725 a 1727




Pedro II – imperador entre 1727 a 1730

- Ana da Rússia – czarina entre 1730 a 1740

- Isabel I – imperatriz entre 1741 a 1761

- Catarina II da Rússia – imperatriz de 1761 a 1796

- Alexandre I – imperador de 1801 a 1825

- Nicolau I – imperador de 1825 a 1855

- Alexandre II – imperador de 1855 a 1881

- Nicolau II – czar de 1894 a 1917

O movimento revolucionário comandado pelos bolcheviques em 1917 teve grande expressão nas regiões centrais da Rússia, onde havia maior organização operária e sindical, como Moscou e outras cidades da região. A Revolução foi seguida de uma Guerra Civil, que estendeu-se até 1921 e durante a qual várias regiões obtiveram sua independência, como a Polônia e a Finlândia. Também a Ucrânia tornou-se independente, porém passaria a integrar a URSS quando de sua formação em 1922.

Lenin e Trotsky foram dois dos principais líderes da Revolução russa, que derrubou a monarquia e instaurou na Rússia um Estado bolchevique, composto por sovietes.




Trotsky




A palavra soviete (советский) em russo, significa conselho; e a palavra bolcheviques (большевики); significa àqueles que alcançaram a maioria.


Lenin





Fontes:

revistagalileu.globo.com
suapesquisa.com
hitorianet.com.br
conceito.de
google.com

sexta-feira, 4 de março de 2022

Hoje iremos falar de uma dúvida frequente na língua portuguesa, que é o uso do "AM" e do "ÃO".






Em princípio aprendemos que em se tratando de tempos verbais usamos o "AM" no pretérito e o "ÃO" no futuro.

Ex:

Eles estudaram português para a prova de ontem. (pretérito)

Eles estudarão português para a prova de amanhã. (futuro)

Porém como toda a regra tem exceção, vamos observar os casos abaixo:

Eles ganham muito dinheiro na bolsa de valores.
Eles conversam bastante ao telefone.
Eles andam à pé até a casa deles.

Nos exemplos acima os verbos estão no presente. Então como explicar ?

Nos casos acima, os verbos são palavras paroxítonas, ou seja o acento tônico recai sobre a penúltima sílaba. Nesse caso os verbos, independente dos tempos; presente, pretérito ou futuro terminarão em "AM"


No caso da terminação "ÃO", ela é usada no caso de ser verbo e a palavra ser oxítona, ou monossílaba tônica.

Ex:
Eles dão brinquedos no Natal.
Elas são gêmeas.

No caso da palavra ser substantivo e oxítona, também usamos a terminação "ÃO".

Ex:
saguão, pão, falastrão, corrimão.

Se a palavra for paroxítona e substantivo.
Ex:
órfão, órgão, Cristóvão.


Fontes:
cursosnocd.com.br/portugues
recantodasletras.com.br/gramatica
google.com

Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...